No início de novembro, o Dia de Todos os Santos é uma ocasião para prestar homenagem aos nossos entes queridos falecidos. Esta celebração é simbolizada pelo crisântemo, que depositamos no cemitério ou mandamos entregar quando não nos é possível ir até lá. Descubra os conselhos da Interflora sobre como organizar uma entrega de flores e plantas no dia 1 de novembro – Dia de Todos os Santos.
História do Dia de Todos os Santos
O Dia de Todos os Santos começou com o Cristianismo e foi originalmente a comemoração de Todos os Santos. Os mártires cristãos eram então homenageados em vez dos deuses romanos. A fixação deste dia de comemoração a 1 de novembro foi ordenada pelo papa Gregório IV em 835. A escolha desta data tem referências celtas e não se baseia em textos bíblicos. No século seguinte, os monges de Cluny instituíram o Dia dos Mortos a 2 de novembro. Desde então, o dia após o Dia de Todos os Santos tem sido assinalado como a Celebração dos Fiéis Defuntos. Reinou sempre houve alguma confusão entre estas duas comemorações pois como o Dia de Todos os Santos é feriado, os defuntos são homenageados a 1 de novembro e não no dia seguinte.
Crisântemos e outras flores do Dia de Todos os Santos
Os crisântemos são uma das flores para o Dia de Todos os Santos mais apreciadas e têm sido associados à memória dos mortos desde o fim da Primeira Guerra Mundial. Os crisântemos foram introduzidos em Portugal no século XVIII e foram outrora associados ao amor e ao casamento. Conhecida como a «flor de ouro», é um símbolo de honra e de império no Japão – o círculo vermelho da bandeira japonesa representa uma flor de crisântemo. É considerada a «flor da tranquilidade» ou a «flor entre o céu e a terra, a vida e a morte». O crisântemo floresce no outono e é uma presença nos jardins para em finais de outubro e princípios de novembro ser usado para florir as sepulturas dos nossos entes queridos.
As outras flores associadas ao luto – colchicum, miosótis ou calêndula – não florescem nesta altura do ano. Os crisântemos e os centros de plantas sazonais são, por isso, associados ao Dia de Todos os Santos.
Mandar entregar flores no Dia de Todos os Santos
Plantas e flores são os únicos presentes que são tradicionalmente oferecidos para homenagear os mortos. No Dia de Todos os Santos é costume prestar os nossos respeitos em recolhimento nos cemitérios e florir nas sepulturas dos nossos entes próximos falecidos. O Dia de Todos os Santos é, portanto, uma época de muito trabalho para os centros de jardinagem e floristas. Que flores escolher para florir uma sepultura? Os crisântemos e os centros de plantas de exterior são os arranjos florais mais resistentes nesta época do ano. A entrega de flores na sepultura é útil quando não é possível a deslocação até ao cemitério. É importante dar todas as informações possíveis sobre a identidade e localização da defunta ou do defunto como por exemplo a morada do cemitério, entrada ou caminho para que o florista possa claramente localizar a falecida ou o falecido.
Véspera do Dia dos Mortos: Halloween
O Halloween tem origem celta e é comemorado na noite de 31 de outubro. Esta «Véspera de Todos os Santos» terá tido origem na festa pagã de Samaim que corresponde ao Ano Novo celta. O Halloween é uma festa tradicional na Irlanda, na Escócia e no País de Gales. Foi importada para os Estados Unidos no século XIX, onde é muito popular desde então. Outros países também celebram o Halloween como a Austrália, a Inglaterra, o Canadá, a Nova Zelândia, a França e Portugal. Segundo a tradição, na noite de Halloween, as crianças vestem-se com fatos assustadores e mendigam doces às portas das casas. A abóbora e um dos símbolos do Halloween.
Ditados de Todos os Santos
O Dia de Todos os Santos tem inspirado muitos ditados populares…
«Dos Santos ao Advento, nem muita chuva nem muito vento.»
«Nos Santos põe tudo a secar, pode o sol não tornar.»
«Dos Santos ao Natal é bom chover e melhor nevar.»
«Santos à porta, geada na horta.»
«Dos Santos ao Natal, perde o marinheiro o cabedal.»
«Pelos Santos, favas nos cantos.»
«Dos Santos ao Natal, Inverno natural.»
«Nos Santos, neve nos campos.»
«Pelos Santos, semeia trigo e colhe castanhas.»
«Santos chegados, arados largados.»
«Pelos Santos, semeia trigo e colhe cardos.»
«Quem nos Santos cava, o tempo estraga.»