Poemas para o Dia dos Namorados

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O amor é um grande tema de inspiração na poesia. Em todos os períodos e movimentos poéticos, encontramos poemas do amor que revelam os nossos sentimentos. Mas qual o melhor poema para o Dia dos Namorados? Numa viagem poética no tempo e no mundo, selecionámos 14 poemas para o Dia dos Namorados para o próximo dia 14 de fevereiro.

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«O amor é o carinho,

É o espinho que não se vê em cada flor.

É a vida quando

Chega sangrando aberta

em pétalas de amor.»

— Vinícius de Morais
Assim cantava Vinícius um dos seus mais bonitos poemas do amor – «O Velho e a Flor».

«Dizem que as flores são todas as palavras que a terra diz.»

— Fernando Pessoa
Poemas para o Dia dos Namorados

No Dia dos Namorados, os seus sentimentos florescem!

Poemas para o Dia dos Namorados

Amar!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui… além…
Mais este e aquele, o outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!…
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder… pra me encontrar…

Amar!
in Charneca em Flor
Florbela Espanca

A experiência do amor na sua plenitude e liberdade. A consciência da finitude humana e o desejo de experienciar todo o tipo de afetos com a máxima intensidade. Um dos mais conhecidos e bonitos poemas para o Dia dos Namorados.

Florbela Espanca (1894-1930) – Uma das maiores poetisas portuguesas. A sua poesia fala do amor num tom intimista e que expressa o desejo feminino.

Morrer de amor

Morrer de amor
ao pé da tua boca

Desfalecer
à pele
do sorriso

Sufocar
de prazer
com o teu corpo

Trocar tudo por ti
se for preciso

Morrer de amor
in Destino
Maria Teresa Horta

A sensação de arrebatamento experienciada pelos amantes. A relação corporal entre os apaixonados, a sensação de urgência em satisfazer o outro e a capacidade de colocar o amor em primeiro lugar.

Maria Teresa Horta (20 de maio de 1937) – Uma poetisa, escritora e jornalista portuguesa e militante pelos direitos das mulheres, integrando o Movimento Feminista de Portugal.

Para atravessar contigo o deserto do mundo

Para atravessar contigo o deserto do mundo

Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei

Por ti deixei meu reino meu segredo
Minha rápida noite meu silêncio
Minha pérola redonda e seu oriente
Meu espelho minha vida minha imagem
E abandonei os jardins do paraíso

Cá fora à luz sem véu do dia duro
Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo

Por isso com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento

Para atravessar contigo o deserto do mundo
in Livro Sexto
Sophia de Mello Breyner Andresen

O amor como uma grande e difícil aventura. O abandono das ilusões do passado e a batalha para ficar com a pessoa amada. um dos mais belos poemas para o Dia dos Namorados da poesia portuguesa.

Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004) – Uma importante escritora e poetisa portuguesa recordada principalmente pelas obras de poesia e contos e a primeira mulher a vencer o Prémio Camões.

Em todas as ruas te encontro

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto, tão perto, tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco

Em todas as ruas te encontro
in Pena Capital
Mário Cesariny

A adoração absoluta pela mulher amada que roubou o coração e o pensamento numa ausência que é presença.

Mário Cesariny (1923-2006) – Um célebre poeta e pintor português, considerado um dos maiores nomes do Surrealismo de Portugal.

Os Amantes Sem Dinheiro

Tinham o rosto aberto a quem passava.
Tinham lendas e mitos
e frio no coração.
Tinham jardins onde a lua passeava
de mãos dadas com a água
e um anjo de pedra por irmão.

Tinham como toda a gente
o milagre de cada dia
escorrendo pelos telhados;
e olhos de oiro
onde ardiam
os sonhos mais tresmalhados.

Tinham fome e sede como os bichos,
e silêncio
à roda dos seus passos.
Mas a cada gesto que faziam
um pássaro nascia dos seus dedos
e deslumbrado penetrava nos espaços.

Os Amantes Sem Dinheiro
in Os Amantes Sem Dinheiro
Eugénio de Andrade

Um amor ao relento e a passar grandes dificuldades, como frio e fome, mas que permanece unido e esperançoso. O poder do amor supera qualquer sofrimento.

Eugénio de Andrade (1923-2005) – Um poeta e tradutor português cujos versos são recordados pela sensibilidade e pelas referências à natureza e à cultura popular.

Quando eu não te tinha

Quando eu não te tinha
Amava a Natureza como um monge calmo a Cristo.
Agora amo a Natureza
Como um monge calmo à Virgem Maria,
Religiosamente, a meu modo, como dantes,
Mas de outra maneira mais como vida e próxima.
Vejo melhor os rios quando vou contigo
Pelos campos até à beira dos rios;
Sentado a teu lado reparando nas nuvens
Reparo nelas melhor —
Tu não me tiraste a Natureza…
Tu mudaste a Natureza…
Trouxeste-me a Natureza para o pé de mim,
Por tu existires vejo-a melhor, mas a mesma,
Por tu me amares, amo-a do mesmo modo, mas mais,
Por tu me escolheres para te ter e te amar,
Os meus olhos fitaram-na mais demoradamente
Sobre todas as coisas.
Não me arrependo do que fui outrora
Porque ainda o sou.

Só me arrependo de outrora te não ter amado.

Quando eu não te tinha
in O Pastor Amoroso
Alberto Caeiro

Um amor romântico, arrebatado e, arrependido por não ter escolhido viver este sentimento na plenitude anteriormente.

Alberto Caeiro (1888-1935) – Um dos heterónimos de Fernando Pessoa, considerado um dos nomes mais importantes da poesia e da crítica literária portuguesa.

Um Adeus Português

Nesta curva tão terna e lancinante
que vai ser que já é o teu desaparecimento
digo-te adeus
e como um adolescente
tropeço de ternura
por ti.

Um Adeus Português
in Adeus Português
Alexandre O’Neill

Inspirado na sua história de amor fugaz com a escritora francesa Nora Mitrani este poema é uma despedida doce e apaixonada entre duas pessoas que não querem separar-se.

Alexandre O’Neill (1924-1986) – Um poeta e publicitário português, considerado um dos maiores nomes do Surrealismo de Portugal.

Amor e seu Tempo
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Amor e seu Tempo

Amor é privilégio de maduros
estendidos na mais estreita cama,
que se torna a mais larga e mais relvosa,
roçando, em cada poro, o céu do corpo.

É isto, amor: o ganho não previsto,
o prémio subterrâneo e coruscante,
leitura de relâmpago cifrado,
que, decifrado, nada mais existe.

Valendo a pena e o preço do terrestre,
salvo o minuto de ouro no relógio
minúsculo, vibrando no crepúsculo.

Amor é o que se aprende no limite,
depois de se arquivar toda a ciência
herdada, ouvida. Amor começa tarde.

Amor e seu Tempo
in As Impurezas do Branco
Carlos Drummond de Andrade

Ao contrário da paixão intensa que se manifesta durante a juventude, o verdadeiro sentimento amoroso só surgiria mais tarde, quando já temos experiência e sabedoria para o viver. Um dos poemas para o Dia dos Namorados que celebra um amor antigo.

Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) – Um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos cuja poesia fala sobre as relações entre os seres humanos e suas emoções.

Todas as cartas de amor são ridículas

Todas as cartas de amor são
Ridículas.

Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas).

Todas as cartas de amor são ridículas
in Poemas
Álvaro de Campos

Um dos mais conhecidos e populares poemas para o Dia dos Namorados!

Álvaro de Campos (1888-1935) – Um dos heterónimos de Fernando Pessoa, considerado um dos nomes mais importantes da poesia e da crítica literária portuguesa

Sonho para o inverno

No inverno, iremos partir numa pequena carruagem rosa
com almofadas azuis.
Estaremos bem. Um ninho de beijos loucos repousa
em cada canto macio.

Fecharás os olhos, para não ver, através do vidro,
as caretas das sombras noturnas,
aquelas monstruosidades rosnando, uma população
de demónios soturnos e lobos negros.

Depois sentirás a bochecha arranhada…
um pequeno beijo, como uma aranha louca,
vai percorrer o teu pescoço…
E tu me dirás: “Procura!” inclinando a cabeça,

– E levaremos tempo para encontrar essa criatura
– Que viaja tanto…

Sonho para o inverno
in Cadernos de Douai
Arthur Rimbaud

Arthur Rimbaud (1854-1891) – Um poeta e escritor francês, considerado um dos precursores da poesia moderna. Escreveu a sua obra, ainda adolescente, em cinco anos. Deixou de escrever aos 20 anos e morreu precocemente.

Soneto do Amor Total - Poema para o Dia dos Namorados

Soneto do Amor Total

Amo-te tanto, meu amor… não cante
O humano coração com mais verdade…
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em ter corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Soneto do Amor Total
Vinícius de Moraes

Um dos mais cantados poemas para o Dia dos Namorados!

Vinícius de Moraes (1913-1980) – Um escritor e músico da Bossa Nova que ficou conhecido carinhosamente como o “Poetinha”.

O meu sonho familiar

Tenho frequentemente um sonho estranho e penetrante
De uma mulher desconhecida, que eu amo, e que me ama,
E que não é sempre bem a mesma
Nem é bem qualquer outra, e ama-me e compreende-me.

Porque me compreende, e o meu coração, transparente
Para ela apenas, pobre de mim! deixa de ser um problema
Para ela apenas, e os suores da minha fronte pálida,
Apenas ela, sabe refrescar, chorando.

É morena, loira ou ruiva? Ignoro-o.
O seu nome? Recordo que é doce e sonoro
Como os dos amados que a vida exilou.

O seu olhar é como o olhar das estátuas,
E, a voz, longínqua, e calma, e grave, guarda
a inflexão das vozes queridas que se calaram.

O meu sonho familiar
in Melancolia
Paul Verlaine

Paul Verlaine (1844-1896) – Considerado um dos maiores poetas do Simbolismo francês.

Soneto da Doce Queixa

Assusta-me perder a maravilha
de teus olhos de estátua e o acento
que pela noite a face me polvilha
a erma rosa que há no teu alento.

Tenho pena de ser sobre esta orilha
tronco sem ramos, e a dor que sustento
é não ter eu a flor, polpa ou argila
pró verme de meu próprio sofrimento

se és meu tesouro oculto, que sitio,
se és minha cruz e meu sofrer molhado
e eu o cão preso de teu senhorio,

não me deixes perder o que me é dado:
vem decorar as águas do teu rio
com folhas de meu outono perturbado

Soneto da Doce Queixa
in Sonetos do Amor Obscuro e Divã do Tamarit
Federico Garcia Lorca

Um poema apaixonado, que transborda afeto e entrega na dualidade do elogio da amada e no temor de a perder.

Federico García Lorca (1898-1936) – Um poeta e dramaturgo espanhol, considerado um dos grandes nomes da literatura de Espanha, levou para sua poesia a paisagem e os costumes da terra natal. Foi um dos maiores representantes do teatro poético do século XX.

Soneto 116 - Poema para o Dia dos Namorados

Soneto 116

De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.

Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.

Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,

Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.

Soneto 116
in Sonetos
William Shakespeare

O amor que é capaz de superar todas as barreiras, encarar qualquer desafio, vencer os limites do tempo e todas as dificuldades que se apresentam aos amantes.

William Shakespeare (1564-1616) – Reconhecido como o maior dramaturgo e poeta de todos os tempos. Associado ao tema do amor romântico, o poeta inglês é autor de obras clássicas como Romeu e Julieta e compôs versos marcantes dedicados aos apaixonados.

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